segunda-feira, 31 de agosto de 2009

...e quem paga o pato, ou melhor, o piso?

Foi tudo mal feito!
À época era vereador. Claro, por dever de ofício fiscalizava tudo o que envolvia a Administração Pública Municipal e seus atos.
Quando soube da pretensão do prefeito em trocar todo o piso do centro da cidade, fiquei por demais atento. Tanto pelas vultosas quantias que seriam despendidas dos cofres públicos, quanto pela substancial alteração na paisagem urbana que tal ação proporcionaria.
Depois de buscar as informações, passei às críticas.
Primeiro passou-se por cima da lei que instituiu um “piso padrão” para a região central da cidade. Se a intenção era mudar o padrão, que se mudasse a lei, portanto! Mas, preferiu-se passar por cima da lei.
Depois o custo. Milhões de reais para se retirar o piso antigo, adquirir o novo e, depois, implantá-lo. Ao mesmo tempo, a cidade carecendo de investimentos em áreas sociais básicas, mas...a ação era classificada de ato discricionário do prefeito – o prefeito tem o poder de decidir sozinho. E como sempre, se ele queria, ele fazia.
Por último, a crítica pelo fato de ser um piso inadequado para os fins a que se destinava – obviamente escorregadio, principalmente ao ser molhado.
Passados os anos e centenas ou milhares de tombos com maior ou menor gravidade, a prefeitura, através de outra administração, resolveu agora trocar o piso.
Vai tirar este, comprar outro e implantá-lo.
Vamos pensar. Houve o custo da remoção do piso antigo, da compra do novo - inclusive com estoque para reposição-, e o custo de sua colocação; agora, a compra de outro, a retirada do atual e a colocação do “novíssimo”. Quanto custa tudo isso? Quem paga tudo isso?
A pergunta que se faz é a seguinte: quem paga por tal ineficiência administrativa?

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Marina Silva



Marina é uma das pessoas mais incríveis que conheci.
Em comum temos a bandeira de defesa do meio ambiente, nossas mais de duas décadas no mesmo partido e, agora, nossa saída do PT que nos acolheu no início de sua formação.
Em comum, também, um sentimento triste ao abandonar o caminho partidário que, acreditávamos, nos levaria à nossa utopia – ou bem próximo dela!
Marina, certamente, não busca outro palanque ou palco para um projeto pessoal, procura outro caminho com o mesmo objetivo:a busca da utopia de um mundo fraterno, humano...e ambientalmente sustentável.
Tomara acerte! Que a sua opção contribua para os avanços sociais até aqui conseguidos e para a sustentabilidade do planeta!
Boa sorte!
Sua sorte é a nossa sorte!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Fórum sobre os direitos dos animais é realizado com grande sucesso



O início foi despretensioso.
Por e-mail começamos a trocar idéias. Protetoras individuais e preocupadas com os Direitos dos Animais, queriam constituir uma Organização não-Governamental para potencializar suas ações.
Dessa troca de e-mails, surgiu a necessidade de uma reunião.
Algumas questões emergiam: O que podemos fazer? E o Poder Público – CCZ, Ibama, Polícia Ambiental...- afinal, quem faz o que?
Pronto! Das dúvidas, a idéia: por que não reunir pessoas com o mesmo espírito, com as mesmas dificuldades, reunir especialistas e realizarmos um “Fórum de debates”.
Reuniões após reuniões, a idéia foi tomando corpo e o trabalho se avolumando.
No sábado, 08 de agosto, com 202 pessoas pré-inscritas, o Fórum sobre os Direitos dos Animais aconteceu na Câmara Municipal de Sorocaba.
Após a abertura feita por mim, o promotor de Justiça de São José dos Campos, Laerte Levai, falou aos presentes sobre legislação relativa aos direitos dos animais. Além de promotor, o palestrante é jornalista e escritor e ajuizou ações civis públicas pioneiras contra o abate cruel nos matadouros, a experimentação animal e os abusos em animais de circos, entre outras. Ao fim de sua exposição o público se levantou e o aplaudiu em pé, em uma manifestação de satisfação por conta de sua atuação firme em defesa da causa dos direitos dos animais.
Seguiu-se a exposição da bióloga e antivisseccionista Tamara Bauab Levai, autora do livro “Limites éticos da experimentação animal”.
O painel seguinte foi apresentado por representantes das Ongs Salve se Puder e Gamah. Ambas falaram sobre as atividades das organizações às quais pertencem e sobre as dificuldades que têm para levar adiante seu trabalho em defesa dos animais.
A última atividade do dia foi uma mesa redonda, onde gestores e representantes de órgãos públicos falaram sobre suas respectivas atividades e competências e responderam a perguntas do público presente.
Ainda não tivemos tempo de fazer uma avaliação de forma mais profunda, mas, pelo público presente e pela qualidade das intervenções, entendemos que o evento foi um grande sucesso, superando bastante a expectativa do grupo, no que se refere ao número de inscrições. Esperávamos cerca de 150 pessoas e compareceram mais de 200. Além disso, os temas debatidos foram importantes para a formação e sedimentação de conceitos sobre os direitos dos animais.
Ao final do evento, o entusiasmo dos presentes gerou a necessidade de um novo encontro para desenvolver ações concretas. Já com data marcada, o grupo pretende desenvolver um fórum permanente, para debater e promover atividades.