segunda-feira, 29 de março de 2010

PEDRO YNTERIAN E O PROJETO GAP




Acredito que todos nós temos responsabilidades para com a integridade do meio em que vivemos. Entretanto, é bem comum que pessoas, com o objetivo de aliviar a sua cota de responsabilidade socioambiental, acabem por jogá-la, exclusivamente, nos ombros das autoridades constituídas, seja pelo voto popular ou não.
Obviamente que estas autoridades têm maiores responsabilidades que o cidadão comum, mas este também tem.
Há, por outro lado, pessoas que extrapolam sua cota-parte. Assumem uma causa de responsabilidade coletiva como uma missão de sua vida.
O Dr. Pedro Ynterian é uma dessas pessoas.
Empresário bem sucedido, Pedro resolveu, há alguns anos, adquirir um chimpanzé como animal de estimação, o Guga. Do contato com Guga, da percepção de suas necessidades e de suas capacidades, ele mudou sua própria vida e a de centenas de animais, especialmente, os chamados grandes primatas.
Pedro transformou seu sítio de 11 alqueires, em Sorocaba, em um santuário, o GAP – sigla que em inglês para Projeto dos Grandes Primatas. Lá estão abrigados “para viverem e serem tratados com dignidade” chimpanzés, macacos aranha, bugios entre outros primatas e, agora, também, ursos e tigres entre outros animais resgatados.
A maior parte deles, vindos de circos e outros ambientes onde, via de regra, passaram por sofrimentos intensos - dentes e garras arrancados, olhos queimados e tantas outras formas de crueldade praticadas.
Resgatados, ganharam um lar, um espaço adequado às suas necessidades, alimentação e cuidados financiados pelo empresário.
Pedro cumpre com dedicação e carinho a missão que ele próprio se atribuiu.
Um exemplo para outros empresários, um exemplo para a sociedade que ainda vê animais como coisas que estão no planeta para servir aos seres humanos.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Delegacia de Proteção Animal




Quando se aborda o tema “Direitos dos Animais” é freqüente e forçoso que falemos sobre os abusos a que são submetidos e as crueldades praticadas contra eles pelos seres humanos.
Os animais são vistos, ainda, como coisas. Coisas feitas para servir os seres humanos. Servir de todas as formas: para sua alimentação, vestimenta, para negócios ou para sua diversão. São usados em touradas, em rinhas, vaquejadas ou, pagando o preço de sua beleza, retirados de seu ambiente natural e aprisionados para o deleite dos seres humanos.
A partir daí, vemos que há muito que se fazer para a promoção de mudança de paradigmas, nesse campo. Há muito que se fazer para se retirar dos animais o status de “coisa” e se garantir a dignidade que devem ter como co-habitantes deste planeta. Há muito que se fazer para se garantir seus direitos.
Porém, para que possamos nos fortalecer em nossos propósitos, é salutar que olhemos para trás e comemoremos nossas vitórias.
Podemos comemorar o fato de que há um número crescente de cidades e até de estados, no Brasil, proibindo o uso de animais em circos. Já se proibiram coisas absurdas como a chamada “Farra do Boi” e Rinhas de Galos. Recentemente, em Sorocaba, proibiram-se os rodeios.
A mais recente vitória aconteceu neste último dia 05, em Campinas.
Em solenidade na Delegacia Seccional de Polícia de Campinas, foi oficialmente criada e instalada a primeira Delegacia de Proteção Animal do Estado de São Paulo.
A Dra. Rosana Mortari, conhecida por suas ações em defesa dos animais, será a titular da unidade, que funcionará no 4º Distrito Policial, no bairro do Taquaral.
Pois é, muito temos que fazer, mas muito já foi feito e grandes vitórias conseguidas!